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VGNJUR Quinta-feira, 12 de Junho de 2025, 11:29 - A | A

Quinta-feira, 12 de Junho de 2025, 11h:29 - A | A

na pce

Justiça condena três por esquema de propina para entrada de celulares em presídio

Eles foram condenados por corrupção ativa

Lucione Nazareth/VGNJur

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, condenou três pessoas por corrupção ativa em um esquema que facilitava a entrada de aparelhos celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

A decisão, divulgada nesta quinta-feira (12.06), apontou que Raihson Wagner de Oliveira Leite, Evandro Souza Medeiros e Eliane Maria da Silva ofereciam propina a policiais penais para que permitissem a entrada dos dispositivos na unidade prisional.

Raihson e Evandro receberam pena de 5 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão, enquanto Eliane foi condenada a 4 anos de prisão. A sentença se baseou em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, relatórios do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e depoimentos coletados durante a investigação.

O juiz Jean Garcia de Freitas também destacou que Evandro já havia sido condenado, em 2011, a 18 anos de prisão pelo homicídio da esposa, Marinez Socoloski. Segundo a decisão, ele a matou na frente dos filhos, motivado por ciúmes após ela receber uma ligação em seu celular.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o ex-policial penal Joanísio Rosa de Morais, considerado o principal articulador do esquema, recebia até R$ 300 de propina por cada celular introduzido na penitenciária. Joanísio foi preso em flagrante com vários aparelhos escondidos na perna, mas firmou acordo de não persecução penal (ANPP) e teve seu processo separado dos demais.

O magistrado ressaltou que os presos combinavam com familiares e amigos para que entregassem os celulares e realizassem os pagamentos a Joanísio. Em conluio com outro envolvido, Juarez, ele facilitava a entrada dos aparelhos, que eram usados pelos detentos para coordenar crimes fora da prisão e manter comunicação com o mundo externo.

As investigações confirmaram que familiares e comparsas dos presos pagavam propina e entregavam os celulares a agentes penitenciários, que permitiam a entrada dos dispositivos ilícitos. Com os aparelhos, os detentos continuavam suas atividades criminosas mesmo dentro da penitenciária.

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