Em entrevista ao , o médico e ex-deputado federal Leonardo Ribeiro Albuquerque — o Dr. Leonardo (Republicanos) — afirmou que avalia convites de diferentes partidos para disputar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. Nesta entrevista ao
, ele demonstrou sua preocupação com o risco de desastre ambiental no Rio Paraguai, em Cáceres.
Atualmente, Dr. Leonardo ocupa a chefia do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília, articulando convênios federais e servindo de ponte entre o Estado e o governo federal. Mesmo com convites — como o do presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, para migrar ao Podemos —, Dr. Leonardo avalia qual partido reúne as melhores condições para a disputa de 2026, após ficar de fora do Congresso na última eleição devido ao desempenho do partido.
Nesta entrevista, ele fala sobre futuro político, desafios regionais, defesa do Rio Paraguai e as lições de quem já esteve dos dois lados: do atendimento médico ao plenário do Congresso.
Confira a entrevista na íntegra:
VGN - O que o motiva a continuar colocando seu nome à disposição para disputar uma vaga na Câmara Federal, mesmo após os desafios enfrentados na última eleição e as dificuldades de formação de chapas?
Dr Leonardo - Sou pré-candidato a deputado federal. Tive um mandato importante e, durante a última campanha, enfrentei um câncer, chegando a disputar a reeleição sem conseguir andar. Mesmo assim, fui o candidato mais votado do Republicanos, mas o partido não atingiu o quociente eleitoral. Ainda assim, continuo colocando meu nome à disposição. Agora é o momento de montar as chapas, e até o ano que vem muitas situações ainda podem acontecer.
Cáceres só existe graças ao Rio Paraguai, mas hoje enfrentamos sérios problemas de assoreamento, alerta Dr Leonardo
VGN - O que será decisivo na sua escolha por um novo partido ou na permanência no Republicanos para evitar repetir o problema do quociente eleitoral?
Dr Leonardo - “Vamos avaliar bem a questão das chapas. Não pode acontecer como na última eleição, quando fui o mais votado do partido, mas não atingimos o quociente eleitoral. Acredito que, com a possível candidatura de Otaviano Pivetta, a chapa pode se fortalecer. Tenho recebido convites de vários partidos e vamos analisar com calma qual será o melhor caminho. Também seguiremos conversando com o Republicanos.”
VGN - O que vai pesar mais na sua decisão: a chance de montar uma chapa forte com nomes como Pivetta ou a estrutura que cada partido pode te oferecer?
Dr Leonardo - Max me convidou, inclusive reforçou o convite em um evento disse que iria mostrar a montagem de chapas, como está a montagem.
VGN - O que o diferencia dos seus adversários em Cáceres e quais são suas principais estratégias para manter a preferência do eleitorado na região?
Dr Leonardo - Tenho sido o mais votado em Cáceres em várias eleições e, inclusive, já superei esse adversário na região — algo que muitas pessoas acabam esquecendo. Ele teve mais votos apenas na área onde mora, que é a baixada cuiabana. Estou tranquilo quanto a isso. Agora, o foco é organização: temos campos ideológicos bem definidos e vamos mostrar nosso trabalho à população. O sol nasceu para todos, é hora de sair da sombra.
VGN - De que forma o senhor acredita que é possível atrair mais oportunidades de trabalho e desenvolvimento para Cáceres, considerando os desafios atuais de desemprego e carência de infraestrutura?
Dr Leonardo - Uma das principais necessidades da região é a geração de empregos e a atração de novas oportunidades para esse polo regional. Cáceres ainda enfrenta altos índices de desemprego e uma grande demanda por CadÚnico e auxílios sociais, o que mostra a falta de oportunidades. Para mudar esse cenário, é fundamental investir em infraestrutura, pois sem isso o desenvolvimento não acontece.
VGN - Diante da falta de ações concretas até agora, quais seriam as prioridades do senhor, caso eleito, para enfrentar o assoreamento e o risco ambiental no Rio Paraguai?
Dr Leonardo - Cáceres só existe graças ao Rio Paraguai, mas hoje enfrentamos sérios problemas de assoreamento, com as baías ficando entupidas durante o período de cheia. Já existem contenções para tentar evitar um desastre ambiental que pode, inclusive, alterar o curso do rio e comprometer a captação de água. Venho alertando sobre essa situação há anos, desde meu mandato, quando a Defesa Civil de Cáceres chegou a protocolar um documento sobre o tema — mas, até agora, não vejo nenhuma ação concreta.
A situação se agrava pela falta de chuvas suficientes e ausência de drenagem adequada, agravada pelas secas extremas dos últimos anos. Isso faz com que a pouca água rapidamente infiltre no lençol freático, dificultando o acúmulo necessário no rio. Precisamos de um volume maior de chuvas e, ao mesmo tempo, fazer a nossa parte.
O canal já acumulou tanto sedimento que é indispensável realizar uma dragagem preventiva para desobstruí-lo e evitar consequências ainda mais graves.
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