A empresária Luiza Rios Ricci Volpato, 75 anos, mãe de João Gustavo Ricci Volpato - apontado como líder de um esquema que pode ter desviado mais de R$ 21 milhões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) - teve a prisão revogada nessa quarta-feira (30.07), após passar por audiência de custódia. A decisão foi assinada pelo juiz Moacir Rogério Tortato, do Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias.
Luiza Rios também é mãe de Augusto Frederico Ricci Volpato, apontado como braço operacional da organização criminosa. A esposa dele, Julia Maria Asckar Volpato, foi alvo de mandado de busca e apreensão na mesma operação, batizada de Sepulcro Caiado.
Luiza, João Gustavo, Augusto Frederico e outros sete advogados e três servidores do TJMT foram alvos da ação. As investigações revelam que Luiza movimentou R$ 2.054.545,00 entre fevereiro e julho de 2022, tendo transferido mais de R$ 346 mil ao filho Augusto, além de ter recebido valores dele e de João Gustavo no mesmo período.
Ela também figura como sócia da empresa RV Empresa de Cobrança Ltda – ME, ao lado de João Gustavo, usada, segundo a Polícia Civil, para operacionalizar parte das fraudes. Os investigadores apontam que o grupo ajuizava execuções de dívidas inexistentes com a colaboração de advogados falsos e simulação de pagamentos, desviando valores expressivos de contas judiciais do TJMT.
Em abril de 2019, Luiza recebeu R$ 80 mil do filho Augusto, parte de um montante de R$ 350 mil movimentado de forma suspeita. A Justiça determinou o bloqueio de bens em nome dela no valor de R$ 21.754.630,99, incluindo 13 imóveis — sendo 11 em Cuiabá e duas propriedades rurais em Várzea Grande.
Outros Alvos
Além de Luiza, o juiz Moacir Tortato também analisou os casos de outros quatro investigados encaminhados pela Polícia Judiciária Civil. Três deles não passaram por audiência de custódia: dois por terem sido presos em Marília (São Paulo) e um por estar foragido. Já uma das custodiadas, por estar grávida, teve a prisão convertida em domiciliar durante a audiência.
As investigações seguem sob sigilo e agora estão sob responsabilidade do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após surgirem indícios de envolvimento de autoridades com foro privilegiado.
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