O ex-diretor da Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso (Desenvolve MT), João Alexandre Gebara Júnior, que foi preso na terça-feira (24 de outubro) em um posto de combustível na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá, permaneceu em silêncio durante seu depoimento. Ele é acusado de extorsão contra seu ex-sócio, D.J. da C., de 28 anos.
O encontro ocorreu no mesmo dia, e os suspeitos foram detidos em flagrante somente após o pai de a vítima registrar um boletim de ocorrência. João estava na companhia de dois homens, que a vítima identificou como membros de uma facção criminosa, presentes para cobrar uma dívida de R$ 130 mil da vítima.
No interrogatório, a vítima, conhecida pelas iniciais D.J., relatou que a situação iniciou com a ligação de uma pessoa que se identificou como Silva e afirmou ser membro de uma facção. Essa pessoa alegou ter recebido ordens de cobrar a dívida da vítima no valor de R$ 130 mil de João Alexandre, seu ex-sócio.
Durante uma acalorada discussão por telefone, a vítima informou a Silva que não tinha essa dívida e chegou a questionar se aquilo era uma brincadeira ou um trote. No entanto, Silva reafirmou que não se tratava de brincadeira e mencionou que João Alexandre e outros dois membros da facção, designados para disciplinar bairros específicos, estavam encarregados de cobrar a dívida.
D.J. relatou que a discussão se intensificou, com Silva ameaçando-o, afirmando que sua vida estaria em perigo caso não se encontrasse com os suspeitos no posto e não pagasse a dívida, chegando a declarar que sua morte estaria decretada.
No decorrer do depoimento, D.J. mencionou que, mesmo com a chegada da Polícia Militar, os suspeitos o acusaram de armar um flagrante e o advertiram que chamar a polícia havia sido um erro com graves consequências, deixando-o em uma situação delicada.
A vítima também alegou possuir diversos áudios contendo ameaças, incluindo informações de que os suspeitos conheciam seu endereço e realizavam visitas constantes à sua residência. Eles ainda afirmaram que não adiantaria D.J. se esconder, pois tinham conhecimento até do horário em que ele frequentava o banheiro.
Além das ameaças, os suspeitos teriam sugerido que chamar a polícia seria inútil, pois a esposa de João Alexandre seria procuradora e teria influência para encobrir o crime. D.J. se comprometeu a fornecer mais informações sobre o incidente em questão.
Leia também - Veículo roubado é encontrado por GMs em região de mato e lixo em VG
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).