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VGNJUR Sexta-feira, 16 de Maio de 2025, 09:06 - A | A

Sexta-feira, 16 de Maio de 2025, 09h:06 - A | A

condenada a 10 anos

Defesa de Zambelli ao STF: “Foi vítima de mentira e armação de Delgatti”

Zambelli não mandou, nem soube, diz defesa sobre ação hacker no CNJ

Lucione Nazareth/VGNJur

Após ser condenada pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve sua defesa apresentada nessa quinta-feira (15.05) com pedido de revisão da pena e absolvição. Os advogados argumentam que não há provas concretas que liguem a parlamentar à tentativa de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A acusação parte do depoimento de Walter Delgatti Neto, conhecido como “hacker da Vaza Jato”, que afirmou ter agido a mando de Zambelli ao tentar emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Para os advogados, esse depoimento é mentiroso e contraditório.

Segundo a defesa, Delgatti alterou sua versão dos fatos diversas vezes, tanto em depoimentos à Polícia Federal quanto em declarações ao Congresso Nacional e durante o julgamento. Os advogados alegam que o hacker tenta incriminar Zambelli com o objetivo de obter benefícios em sua pena, já que atua como réu confesso e colaborador informal no processo.

A defesa também questionou o fato de ter sido impedida de apresentar suas alegações finais após a manifestação da defesa de Delgatti, como seria o correto no caso de um réu delatado. Segundo os advogados, a negativa desse direito contraria decisões anteriores do próprio STF.

Outro ponto criticado foi a falta de acesso a parte do material apreendido com Delgatti. Os advogados afirmam que cerca de 700 gigabytes de dados armazenados em nuvem pelo hacker, usados como base para a denúncia, nunca foram disponibilizados para análise da defesa técnica de Zambelli.

Além disso, os advogados destacaram que, apesar de Delgatti ter tido acesso ao sistema do CNJ por seis meses, ele nunca enviou qualquer documento ou informação à deputada. Para eles, a relação entre os dois sempre se deu dentro da legalidade, sem qualquer indício de que Zambelli tenha incentivado ou ordenado qualquer ato criminoso.

Diante da ausência de provas e das contradições nas acusações, a defesa pede que a ação penal seja julgada improcedente e que a deputada seja absolvida.

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