O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nessa quarta-feira (25.06) que a Polícia Federal colha o depoimento de Fábio Wajngarten, ex-assessor de comunicação de Jair Bolsonaro (PL), e do advogado Paulo Costa Bueno, suspeitos de tentar atrapalhar a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
A medida se baseia em informações prestadas pela defesa Cid, que alegou que os advogados teriam feito investidas reiteradas para interferir na colaboração premiada firmada por ele com o STF.
Segundo o relato, os advogados Luiz Eduardo Kuntz e Fábio Wajngarten teriam tentado acessar Mauro Cid por meio de familiares, incluindo a filha menor de idade, a esposa e a mãe. Mensagens trocadas via WhatsApp com a filha de 14 anos foram entregues à Polícia Federal, junto com autorização para extração dos dados do celular. Há também relatos de abordagens presenciais, como uma ocorrida em evento na Hípica de São Paulo.
A defesa de Cid afirma que os advogados atuaram com o objetivo de afastar os profissionais já constituídos por ele e influenciar seu posicionamento jurídico. As condutas, segundo o ministro Alexandre de Moraes, podem caracterizar o crime de obstrução de investigação.
Além das oitivas, o magistrado também determinou que a PF conclua, em até 10 dias, o laudo com a extração e categorização dos dados do celular da filha de Mauro Cid.
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