O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, afirmou nessa terça-feira (24.06) que é dever do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) identificar e retirar da magistratura aqueles que atuam de forma desonesta.
Segundo ele, apesar dos casos pontuais de corrupção ou desvios de conduta, a imensa maioria dos juízes brasileiros é formada por profissionais íntegros, que enfrentam uma carga de trabalho descomunal e ainda assim prestam serviço essencial à sociedade.
“Aqueles que se hospedaram na magistratura para enodá-la, nós temos o dever de expurgar. Mas a imensa maioria é composta por pessoas probas, corretas”, afirmou Campbell, durante discurso na abertura da inspeção do CNJ ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Campbell ressaltou que o Brasil conta hoje com cerca de 18 mil juízes e juízas, e que em 20 anos de existência do CNJ, menos de 150 magistrados foram punidos. Para ele, isso não é sinal de omissão, mas de que a maioria cumpre sua missão com seriedade.
“Não se diga que foi por falta de acesso. Eu, como corregedor nacional, não preciso de representação formal para iniciar uma investigação contra qualquer magistrado do país.”
O ministro também destacou que o CNJ não tem interesse em protagonismo político e atua dentro dos limites legais, com respeito às garantias constitucionais. “Nos cabe garantir que quem tem o bom direito saia com ele nas mãos. Nada além disso. Nosso papel é técnico, de controle e de zelo pela credibilidade do Judiciário.”
Campbell finalizou lembrando que o Judiciário brasileiro tem atualmente mais de 83 milhões de processos em tramitação, o que, segundo ele, é prova clara da confiança da população na Justiça.
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