O advogado Pauly Ramiro Ferrari Dorado foi condenado a 6 meses de detenção em regime aberto e teve suspensa a carteira de motorista por dois meses, por dirigir sob efeito de álcool. A sentença foi proferida pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, e publicada nesta quarta-feira (25.06) no Diário da Justiça Eletrônico (DJE).
O caso ocorreu em março de 2022, durante uma blitz da Lei Seca na rodovia MT-040, no bairro Real Parque. Dorado dirigia um Mitsubishi ASX e foi submetido ao teste do bafômetro, que apontou 0,38 mg/L de álcool por litro de ar, valor superior ao permitido pela legislação.
Durante a abordagem, ele chegou a discutir com os policiais e resistir à prisão, mas a juíza Alethea Assunção o absolveu da acusação de desacato, por entender que não houve intenção clara de ofender ou humilhar os agentes públicos.
A condenação se restringiu ao crime de embriaguez ao volante, considerado de perigo abstrato, ou seja, que dispensa prova de risco concreto à segurança pública.
O réu confessou em juízo ter consumido cerca de uma lata e meia de cerveja antes de dirigir. A magistrada, na decisão, destacou que o teste do bafômetro é suficiente para embasar a condenação, mesmo sendo feito na fase inicial da investigação.
Após o trânsito em julgado da sentença pela embriaguez, Pauly deverá cumprir suspensão da CNH por dois meses e realizar curso de reciclagem para reobter o direito de dirigir.
Advogado foi preso por ligação com facção criminosa
Além da condenação por embriaguez ao volante, Pauly Ramiro Ferrari Dorado responde a outros processos criminais, incluindo a ameaça a um promotor de Justiça e o envio de cigarros à Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
Ele é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como peça-chave de uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e armas, com atuação dentro e fora do sistema prisional.
Em abril deste ano, Dorado foi preso por envolvimento com o crime organizado.
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