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VGNJUR Terça-feira, 10 de Junho de 2025, 19:00 - A | A

Terça-feira, 10 de Junho de 2025, 19h:00 - A | A

"Nunca tratei de minuta"

Ex-ministro nega conspiração com Forças Armadas e diz que só viu minuta em reunião com Bolsonaro

Ex-ministro da Defesa negou tratar minuta golpista com Forças Armadas

Lucione Nazareth/VGNJur

O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10.06) que nunca discutiu uma "minuta de golpe" com os comandantes das Forças Armadas. Ele é réu na ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.

"Eu nunca peguei minuta de golpe para tratar com comandantes das Forças Armadas", declarou.

Apesar da negativa, Paulo Sérgio admitiu que teve contato com o documento em uma reunião com Bolsonaro, no dia0 7 de dezembro de 2022. “Foi uma projeção com considerandos. Depois disso, nada de minuta”, disse o ex-ministro.

Nogueira também tentou se distanciar das suspeitas levantadas em relatório elaborado pelas Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas. Segundo ele, a nota publicada na época acabou sendo mal interpretada, como se tivesse relação com denúncias de fraude.

“Talvez, nas palavras, eu não fui legal. Eu queria desvincular o relatório da ideia de fraude. Se fosse hoje, não teria feito essa nota ou teria sido mais ameno.”   Ele negou, ainda, ter discutido qualquer conteúdo com teor crítico às urnas com o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier — que afirmou o contrário em depoimento. “Não despachei esse relatório com ninguém, o relatório era da comissão”, rebateu.

Durante o interrogatório, Nogueira elogiou a atuação do ministro Alexandre de Moraes à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), especialmente pela realização do teste de integridade com biometria. “A ascensão de vossa excelência à presidência do TSE facilitou a minha vida. Conseguimos quase triplicar o número de urnas testadas”, afirmou.

O ex-ministro também confirmou que recebeu, a pedido de Bolsonaro, o hacker Walter Delgatti no Ministério da Defesa, para conversar sobre o sistema eleitoral. Segundo ele, o encontro durou cerca de 15 minutos e Delgatti não apresentou qualquer informação relevante.

Ao ser questionado sobre ataques à democracia, Paulo Sérgio pediu desculpas públicas pelas declarações que fez no passado. “Inicialmente, presidente, eu queria me desculpar publicamente por ter feito essas colocações naquele dia.”

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