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VGNJUR Quarta-feira, 30 de Julho de 2025, 11:13 - A | A

Quarta-feira, 30 de Julho de 2025, 11h:13 - A | A

Operação Sepulcro Caiado

Irmão de promotor e ex-secretário de VG é preso como peça-chave em suposto esquema no TJMT

Irmão do promotor atuava sem procurações

Lucione Nazareth & Edina Araújo/VGNJur

Preso na Operação Sepulcro Caiado, deflagrada na manhã desta quarta-feira (30.07), o advogado Régis Poderoso de Souza — irmão de um promotor de Justiça de Mato Grosso — é apontado como peça central de um esquema que teria causado prejuízo superior a R$ 21 milhões aos cofres públicos, por meio de fraudes processuais e lavagem de dinheiro.

Régis ocupa atualmente o cargo comissionado de Assessor Técnico Legislativo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), tendo sido anteriormente subsecretário de Governo da Prefeitura de Várzea Grande, nas gestões de Lucimar Campos e Kalil Baracat.

Conforme o inquérito conduzido pela Polícia Civil, Régis teria atuado em pelo menos cinco processos judiciais relacionados ao grupo investigado, alternando-se na representação de credores e devedores — em alguns casos, sem procuração válida, o que levanta suspeitas de falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

A apuração indica que ele e outros seis advogados se revezavam nas ações judiciais simuladas, firmando acordos milionários fictícios e renunciando prazos para acelerar a liberação de valores. Os comprovantes de pagamento apresentados nos autos são considerados inidôneos.

Um dos episódios investigados envolve a empresa A.C.C., cujo sócio, N.P. de S., afirmou nunca ter reconhecido uma dívida de R$ 1,8 milhão atribuída à empresa. Ele declarou, em depoimento, que não conhece Régis e que documentos e procurações teriam sido utilizados indevidamente.

Outro dado que chamou a atenção dos investigadores foi a movimentação de R$ 220 mil em apenas dois dias (30/06 e 01/07 de 2021), seguida da compra de um imóvel em Marília/SP, no mesmo valor, quitado integralmente em dinheiro vivo — o que, segundo os investigadores, reforça a tentativa de dissimular a origem ilícita dos recursos.

A operação também teve como alvo a esposa de Régis, Olga Satiko Poderoso de Souza. A Justiça determinou a apreensão de bens do casal, incluindo o imóvel em Marília, outros dois imóveis e um veículo.

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