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VGNJUR Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 15:30 - A | A

Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 15h:30 - A | A

condenada a 10 anos

Zambelli deixa o Brasil e diz que saída é “resistência”; PGR pede prisão e inclusão na Interpol

Deputada afirma que saída do Brasil não é fuga, mas um ato de resistência

Lucione Nazareth/VGN

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), anunciou nesta terça-feira (03.06) que deixou o Brasil e pretende morar na Europa.

Em resposta, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva da deputada e a inclusão do nome dela na lista da Interpol. O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e tramita sob sigilo.

Em entrevista à rádio AuriVerde Brasil (Jovem Pan News), Zambelli afirmou que saiu do país inicialmente para tratamento médico, mas agora vê a mudança como um ato de “resistência”.

“Não é um abandono do país, não é desistir da minha luta. Muito pelo contrário. É resistir. É poder continuar falando o que eu quero falar”, declarou.

Zambelli disse que vai pedir licença não remunerada da Câmara dos Deputados — ou seja, deixará de receber o salário de R$ 34,7 mil — e que seu suplente, Coronel Tadeu (PL-SP), assumirá a vaga. Ela afirmou estar tranquila por ter cidadania europeia: “Eu vou me basear na Europa, tenho cidadania europeia, então estou muito tranquila com relação a isso”.

A deputada revelou que emancipou seu filho de 17 anos para deixá-lo sob os cuidados da família no Brasil e que sua mãe passará a administrar suas redes sociais, que somam mais de 10 milhões de seguidores. “Minha mãe vai dar continuidade a esse legado, porque provavelmente eu perderia minhas redes sociais”, explicou.

A parlamentar também criticou o cenário político brasileiro, que, segundo ela, vive um período de censura e falta de liberdade. “O que nós estamos vivendo no Brasil hoje é um tempo de ditadura, falta de liberdade, censura. Eu acho que vocês precisam ter pessoas aqui fora do Brasil para poder lutar, continuar denunciando”, disse.

Ela afirmou que vai participar de congressos e encontros com parlamentares de outros países e denunciar o que considera abusos do Judiciário brasileiro. “Vou levar isso para todos os países da Europa, vou denunciar em todas as cortes que a gente tiver para denunciar.”

Zambelli disse ainda que a decisão de sair do país também busca preservar sua saúde mental. “Percebi que o meu tratamento não é médico, não é medicamento. Eu tenho que começar a destravar o que eu sinto, a falar o que eu sinto, porque essa sou eu de verdade.”

Ao final, reforçou que quer “voltar a ser a Carla ativista”. “Eu quero voltar a ser a Carla das ruas, a Carla que conquistou milhões de pessoas, que briga e que brada por mais liberdade no nosso país.”

Pedido de prisão

Enquanto Zambelli anuncia que está fora do Brasil, a PGR pediu sua prisão preventiva, a inclusão do nome na lista de difusão vermelha da Interpol e o bloqueio de seus bens.

“No caso, não se trata de antecipação do cumprimento da pena aplicada à ré, mas de imposição de prisão cautelar, de natureza distinta da prisão definitiva, com o fim de assegurar a devida aplicação da lei penal”, afirmou Gonet no pedido, obtido pela TV Globo.

O procurador também solicitou a suspensão imediata do passaporte da deputada e a comunicação do pedido aos demais países, para garantir a eficácia da medida.

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