Enquanto a prefeita Flávia Moretti (PL) ostenta, nas redes sociais, o suposto feito da tão alardeada “fila zero” no Pronto-Socorro de Várzea Grande, a realidade que se impõe é de puro descaso — e com um contrato milionário envolvido. A gestão municipal firmou um contrato emergencial no valor de R$ 14,7 milhões com a empresa Goiásmed, para prestação de serviços em ortopedia e traumatologia, sem licitação. O gesto, no mínimo questionável, já gerou suspeitas e críticas acaloradas na Câmara Municipal.
Mas a propaganda cai por terra diante do drama enfrentado por Abdias Ferreira de Almeida, 62 anos. Após sofrer um acidente, o senhor foi abandonado em um corredor do PS/VG, se contorcendo em dores intensas. Recebeu somente uma dose de Tramal e, por insistência da família, teve uma tomografia realizada horas depois. O diagnóstico: fratura no fêmur. Emergência? Só no discurso. Prioridade? Apenas nos contratos emergencial e sem licitação.
Diante desse cenário, talvez fosse mais honesto rebatizar o slogan da prefeita: “Fila zero, paciência mil — e sofrimento sem limites.”
Ah, em tempo: o que mais choca é que o atendimento só foi viabilizado após a família recorrer à deputada estadual Janaina Riva. Ou seja, um direito constitucional do cidadão, que só se concretiza quando há interferência política. Lamentável. E vergonhoso.
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