A Polícia Federal solicitou nessa quinta-feira (03.07) mais tempo ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para concluir a investigação contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O inquérito foi aberto em maio deste ano por ordem de Moraes, depois de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, existem indícios de que Eduardo Bolsonaro tentou intimidar autoridades e influenciar decisões da Justiça para proteger seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a PGR, Eduardo estaria tentando, por exemplo, convencer órgãos internacionais a punir juízes brasileiros, inclusive com bloqueio de bens, cassação de vistos para entrar nos Estados Unidos e restrições comerciais.
O objetivo, segundo o Ministério Público, seria pressionar o STF e atrapalhar processos criminais, como a ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.
Eduardo Bolsonaro se afastou do mandato de deputado em março e atualmente vive nos Estados Unidos. Jair Bolsonaro já disse publicamente que a estadia do filho é bancada por doações de apoiadores, que somariam mais de R$ 2 milhões.
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Ao autorizar o inquérito, Moraes determinou que Eduardo seja investigado por coação no curso do processo (crime com pena de 1 a 4 anos de prisão), obstrução de investigação de organização criminosa (pena de 3 a 8 anos) e abolição violenta do Estado Democrático de Direito (pena de 4 a 8 anos).
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