O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, determinou o afastamento do juiz Ivan Lúcio Amarante, titular da 2ª Vara da Comarca de Vila Rica, a 1.276 km de Cuiabá. A medida foi tomada no âmbito da 8ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quinta-feira (29.05) pela Polícia Federal, que investiga crimes de corrupção judiciária e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, o magistrado é suspeito de participar de um esquema sofisticado de venda de sentenças, mediante o recebimento de propina e posterior lavagem dos valores ilícitos com o envolvimento de familiares.
A decisão do STF também determinou o bloqueio de bens e valores do juiz, estimados em cerca de R$ 30 milhões, além do recolhimento de seu passaporte e a proibição de deixar o país.
A PF cumpriu três mandados de busca e apreensão, incluindo endereços ligados ao magistrado e a pessoas próximas.
No entanto, ao , a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou a realização de mandados de busca nas dependências da Corte e no Fórum de Vila Rica, onde o juiz atuava até outubro de 2024, quando foi afastado por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na última terça-feira (27), o CNJ manteve o afastamento.
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A Operação Sisamnes teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em frente ao próprio escritório em Cuiabá, em 2023. A análise de mensagens e arquivos encontrados no celular da vítima revelou indícios de venda de decisões judiciais e movimentações financeiras suspeitas, o que deu origem às investigações.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema envolvia pagamentos milionários de propina em troca de sentenças favoráveis no âmbito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
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