A Vara Regionalizada da Recuperação Judicial e Falências de Rondonópolis autorizou o processamento da recuperação judicial do Grupo Manin, conglomerado com oito empresas atuantes nos setores de comércio, alimentação, moda e armamentos em Mato Grosso. A decisão, publicada em edital nesta sexta-feira (25.07), abrange dívidas que somam R$ 19,9 milhões, sujeitas ao processo.
O grupo, controlado por Celso Silva Filho e Veronica Ribeiro de Lacerda, iniciou atividades em 2012, em Minas Gerais, e fixou sede em Barra do Garças a partir de 2016. Entre as empresas, estão a Papel e Artes (papelaria), Manin Comércio de Calçados e Vestuário (multimarcas e franquias Clube Melissa e Colcci), CSF Alimentação (franquia Giraffas), Restaurante Sushiloko, e a CTK Armas e Munições, criada durante o período de incentivo ao setor bélico.
A crise financeira foi agravada por dois fatores: o impacto da pandemia de Covid-19, que reduziu drasticamente vendas e receitas, e a mudança nas políticas federais a partir de 2023, que enfraqueceu o mercado de armas e munições, afetando a CTK. O grupo emprega 57 trabalhadores e alega manter operações ativas e integradas.
O juiz determinou a suspensão de ações e execuções contra as empresas, exceto trabalhistas e fiscais, e deu prazo de 60 dias para apresentação do plano de recuperação, sob pena de falência. Os credores devem apresentar habilitações ou divergências de créditos ao administrador judicial no prazo de 15 dias contados da publicação do edital.
A relação de credores inclui instituições financeiras como Banco do Brasil, Bradesco, Sicredi e Caixa, além de fornecedores como Grendene, Suzano, Acrilex, AMC Têxtil e diversas empresas de confecção e papelaria.
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