Ricardo Batista Ambrózio, 44 anos, apontado como um dos principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora dos presídios paulistas, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva nessa sexta-feira (04.07) pela Justiça de Várzea Grande.
Ele foi preso pela Polícia Civil na quinta-feira (03), no bairro Costa Verde, em Várzea Grande, onde vivia desde 2013. Ricardo estava foragido desde 2016, quando foi condenado a 16 anos de prisão por associação criminosa e tráfico de drogas. Segundo o Ministério Público de São Paulo, ele é considerado um dos principais elos entre integrantes da facção dentro e fora dos presídios.
No momento da prisão, Ricardo foi flagrado com uma pistola com a numeração raspada, três carros, vários celulares e documentos falsos. Ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo com numeração suprimida e uso de documento falso — crimes que podem somar até 12 anos de prisão.
A esposa dele, de 32 anos, também foi presa em flagrante por uso de documentação falsa. No entanto, durante a audiência de custódia, a Justiça decidiu revogar a prisão dela e conceder liberdade provisória.
Prisão de Ricardo mantida
O juiz da 5ªVara Criminal de Várzea Grande, Luís Augusto Veras Gadelha manteve a prisão, destacando a necessidade de garantir a ordem pública, evitar novos crimes e assegurar o andamento das investigações. O magistrado ressaltou que a liberdade provisória seria “inadequada e insuficiente”, considerando a alta periculosidade e a reincidência do acusado, que estava foragido havia quase nove anos.
Por ordem judicial, o Sistema Penitenciário deve providenciar um local adequado para manter o preso, levando em conta a gravidade dos crimes e sua influência dentro da facção. O Juízo de São Bernardo do Campo (SP) foi comunicado para regularizar a condenação que motivou o mandado de prisão expedido em 2016. No mesmo processo, outras 25 pessoas foram réus, entre elas Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o maior líder do PCC no Brasil.
Durante a audiência, Ricardo informou ser autônomo, viver em união estável, ter ensino médio incompleto, portar HIV/Aids, diabetes e fibromialgia, além de ser usuário de maconha. Ele declarou ainda ter um filho dependente de oito anos.
O inquérito policial deve ser concluído em até dez dias, prazo após o qual a Justiça pode reavaliar a situação da prisão.
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