A Justiça de Mato Grosso condenou o ex-deputado estadual Humberto Melo Bosaipo por envolvimento em esquemas de desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa (ALMT), revelados pela Operação Arca de Noé.
Somadas as duas ações civis públicas, o valor que ele deverá restituir aos cofres públicos é de R$ 1.203.384,20 milhão. As decisões foram proferidas na segunda-feira (21.07) pelo juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara de Ações Coletivas de Cuiabá.
No primeiro processo, Bosaipo foi condenado ao lado do ex-chefe do setor financeiro da Assembleia, Guilherme da Costa Garcia, e do contador José Quirino Pereira. Os três utilizaram a empresa fictícia Cidade Alta Comercial de Alimentos Ltda. (conhecida como Ellen Buffet) para justificar a emissão de cheques da Casa.
Os valores eram sacados diretamente na boca do caixa ou compensados em nome da Confiança Factoring, empresa ligada ao grupo do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. O trio foi condenado a ressarcir R$ 77.631,36 mil de forma solidária, além de R$ 184.545,84 mil adicionais atribuídos especificamente a Bosaipo e José Quirino.
Na segunda ação, também derivada da Arca de Noé, o ex-deputado foi responsabilizado por utilizar outra empresa de fachada, a De Favari & Cia Ltda., que teve as atividades encerradas desde 1995. Mesmo inativa, ela foi usada para simular a prestação de serviços à Assembleia e justificar o repasse de recursos, que eram sacados por terceiros ligados ao então deputado José Riva.
Por esse esquema, Bosaipo foi condenado a devolver R$ 941.062,19 mil com correção e juros.
Nas duas sentenças, o juiz reconheceu os efeitos da colaboração premiada firmada por Riva com o Ministério Público Estadual e extinguiu as ações em relação a ele.
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