O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou comentar nessa quinta-feira (24.07) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a manutenção das medidas cautelares impostas a ele, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e a proibição de usar redes sociais, direta ou indiretamente.
Ao deixar a sede do PL, em Brasília, Bolsonaro afirmou que seus advogados estão avaliando a situação e que devem se pronunciar oficialmente nesta sexta-feira (25). “Meus advogados são muito bons e vão dar um parecer amanhã. Tenho o maior prazer de falar com vocês. Estão analisando. Eu não posso errar. Queria muito falar com vocês, mas o que vai acontecer depois vocês não sabem”, declarou. Ele estava acompanhado do filho Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador em Balneário Camboriú (SC).
A decisão de Moraes foi motivada pela divulgação de um vídeo em que Bolsonaro aparece mostrando a tornozeleira eletrônica recém-instalada e comentando as medidas judiciais impostas pelo STF. O conteúdo foi publicado por aliados nas redes sociais, o que pode configurar descumprimento das restrições, segundo entendimento do ministro.
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A defesa de Bolsonaro nega violação às medidas cautelares e já apresentou manifestação ao Supremo nesta semana. No documento, os advogados argumentam que o ex-presidente não descumpriu as ordens judiciais e que não teve participação direta na publicação do vídeo.
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O ex-presidente é investigado em inquéritos que apuram tentativa de golpe de Estado, incitação contra as instituições e organização criminosa digital. Já foi tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é réu em outras ações penais em andamento no STF.
Nos bastidores, a orientação é para que Bolsonaro reduza a exposição pública e evite declarações que possam ser interpretadas como afronta às decisões judiciais. A expectativa é que seus advogados detalhem a estratégia de defesa nas próximas horas, com foco em evitar novas sanções e eventuais pedidos de prisão.
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