O governador Mauro Mendes (União) criticou a possibilidade levantada pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), de repassar ao Estado a gestão dos hospitais municipais — Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e Hospital São Benedito.
Em entrevista à imprensa, na manhã desta sexta-feira (25.07), Mendes afirmou que o prefeito não pode se eximir das responsabilidades com a saúde pública do município.
“Abilio não pode abrir mão de suas funções de cuidar da saúde. Ele foi eleito e sabia disso; se não sabia, deveria ter sabido antes. Nenhum prefeito pode vir com essa historinha. A Prefeitura tem obrigações e não pode se eximir delas”, declarou o governador.
Segundo Mendes, o problema não reside na regulação dos leitos, competência do Estado. Ele defendeu que a gestão centralizada se mostra mais eficiente, por possibilitar o atendimento a pacientes de diversos municípios.
“A regulação é de responsabilidade do Estado; esse não é o problema do prefeito. O modelo estadual é o mais adequado por permitir atender pacientes que se deslocam de Cuiabá para Nova Mutum, ou de lá para Várzea Grande. Dessa forma, conseguimos dar maior eficiência ao uso dos leitos”, explicou.
O governador também ressaltou que a discussão deveria ter ocorrido internamente, de forma técnica, antes de ser levada ao conhecimento público. “Não podemos transformar isso em um jogo de empurra-empurra. Fui prefeito de Cuiabá e conheço bem essa realidade. Nunca reclamei de atender a saúde. Cuiabá recebe recursos do Governo Federal para ser gestão plena. Além disso, essa conversa precisa acontecer nas áreas técnicas, nos gabinetes, para construir soluções — e não por meio da imprensa”, concluiu.
Entenda
O prefeito Abilio Brunini declarou que avalia repassar a gestão do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e do Hospital São Benedito ao Governo do Estado, a fim de que a Prefeitura possa concentrar esforços na atenção básica, considerada prioridade de sua administração.
Segundo Abilio, a rede básica é a porta de entrada do sistema de saúde. Com o Estado assumindo os hospitais, seria possível melhorar o atendimento nas unidades básicas da Capital.
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