O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou ter sido excluído das decisões do governo após Jair Bolsonaro decidir não tê-lo como candidato a vice na campanha de reeleição em 2022. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Mourão declarou que, após ser descartado, deixou de ser chamado para reuniões e perdeu espaço dentro do governo.
“Quando o Bolsonaro escolheu, não quis mais que eu fosse o vice dele, ele deixou de me chamar para reunião ministerial, eu não participei de mais nada. Eu acho que, se eu tivesse sido o candidato a vice, nós teríamos ganho”, disse o ex-vice-presidente.
Bolsonaro e Mourão foram eleitos juntos em 2018, na chapa do então PSL, com mais de 57,7 milhões de votos (55,13% dos votos válidos), derrotando Fernando Haddad (PT) no segundo turno. O general da reserva foi escolhido como vice por representar a ala militar do governo e contribuir com a imagem de ordem e disciplina da campanha.
No entanto, ao longo do mandato, os dois passaram a ter posturas públicas divergentes em temas como a pandemia, o relacionamento com o Judiciário e o tom das críticas às instituições. A relação esfriou e, em 2022, Bolsonaro escolheu o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto como seu novo vice.
Na mesma eleição, Mourão concorreu ao Senado pelo Rio Grande do Sul e foi eleito com mais de 2,5 milhões de votos, superando nomes como Olívio Dutra (PT) e Ana Amélia Lemos (PSD).
Já Bolsonaro, com Braga Netto na vice, foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, por uma diferença de cerca de 2,1 milhões de votos. A chapa obteve 58,2 milhões de votos (49,1%), contra 60,3 milhões (50,9%) de Lula e Geraldo Alckmin (PSB).
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