O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou nesta sexta-feira (25) ser “mais de direita” que os políticos bolsonaristas, justificando que iniciou a carreira apoiando presidentes durante a ditadura militar e ajudou a fundar a Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação ao regime.
A declaração foi uma resposta ao prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que divulgou um vídeo de Júlio e seu irmão, o senador Jayme Campos (União), em um jantar que comemorava a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Júlio reagiu criticando a postura da atual direita, que considera dominada por radicais. “O que precisa acabar nesse Estado é essa frescura, essa boçalidade desses extremas radicais que acham que nós não podemos conversar com adversário político. Ninguém é mais de direita do que eu. Não da direita radical do bolsonarismo fanático que está prejudicando o Brasil, mas da direita autêntica”, disse.
O parlamentar destacou seu histórico político como prova de alinhamento com a direita tradicional. “Fui fundador da Arena, quando presidente era Médici, fui deputado federal com Ernesto Geisel, fui governador com João Figueiredo, depois apoiador de Sarney e Collor. Votei em Bolsonaro duas vezes, mandei dinheiro, fui o primeiro a mandar pix para ele, nesse dinheiro que ele está sustentando Eduardo Bolsonaro nos EUA”, declarou.
Júlio ainda criticou a postura de bolsonaristas que, segundo ele, “tentam se apropriar da direita” e alertou que extremistas tendem a ter um fim triste na vida pública. “Agora vem esses frescos, esses boçais, em querer achar que são donos da direita. Temos que ter raciocínio, equilíbrio. Todo mundo que é extremista tem um fim triste na política”, finalizou.
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