O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra manteve, em decisão proferida nessa terça-feira (22.07), a prisão preventiva de Andrew Nickolas Marques dos Santos, acusado de fazer parte da organização criminosa Comando Vermelho e de praticar lavagem de dinheiro a mando do suposto tesoureiro da facção, Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como “WT”.
A defesa de Andrew havia solicitado a revogação da prisão e a restituição de joias apreendidas durante as investigações, mas ambos os pedidos foram negados pela Justiça.
Segundo o juiz Jean Garcia, não houve qualquer mudança nos fatos que justifique a liberdade provisória. Ele ressaltou que continuam presentes as provas da materialidade dos crimes e os indícios de autoria, além do risco que a liberdade do acusado representa para a ordem pública.
De acordo com as investigações, Andrew teria feito transferências bancárias suspeitas, criado empresas e comprado bens em seu nome, beneficiando líderes da facção criminosa. Tais ações, segundo o magistrado, comprometem a segurança pública e a economia, justificando a prisão cautelar para impedir a continuidade das atividades criminosas.
Sobre as joias apreendidas, Jean Garcia entendeu que não há provas suficientes para garantir a licitude dos bens, que podem ser usados como prova ou resultado dos crimes investigados. Por isso, a devolução foi negada até que haja decisão definitiva no processo.
“Diante do exposto, Indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pelo requerente Andrew Nickolas Marques Dos Santos, qualificado nos autos, pelas razões acima expostas, bem como pelos próprios fundamentos já consignados na decisão que decretou a medida constritiva, uma vez que inexistem fatos novos capazes de justificar a concessão da liberdade. De igual modo, Indefiro o pedido de restituição das joias apreendidas”, diz trecho da decisão.
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