A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesse domingo (28.09), para manter na prisão preventiva os empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS; e Maurício Camisotti, investigados em um esquema que teria desviado bilhões de reais de recursos previdenciários, causando prejuízos a aposentados e pensionistas em todo o país.
O julgamento ocorre no plenário virtual, em que os votos são publicados ao longo de uma semana, sem debate presencial. Já votaram pela manutenção da prisão os ministros André Mendonça (relator), Nunes Marques e Edson Fachin. O voto do ministro Dias Toffoli ainda é aguardado. Gilmar Mendes se declarou impedido, citando o artigo 252, inciso IV, do Código de Processo Penal.
No voto, o relator André Mendonça destacou que medidas alternativas à prisão não seriam eficazes diante da amplitude da organização criminosa, da capilaridade das operações fraudulentas, da tentativa de ocultação de bens e do risco de fuga internacional dos acusados. O ministro também apontou a ocorrência de ameaças a testemunhas e lembrou que Antunes realizou viagens internacionais pouco antes da deflagração da operação, indícios de que poderia tentar escapar da Justiça.
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Segundo a Polícia Federal, empresas ligadas a Antunes funcionavam como intermediárias de associações envolvidas nas fraudes. Ele é apontado como figura central na estrutura criminosa, enquanto Camisotti teria atuado como sócio oculto de uma entidade beneficiada pelo esquema. Ambos estão presos preventivamente desde 12 de setembro, por decisão de Mendonça.
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