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VGNJUR Segunda-feira, 29 de Setembro de 2025, 08:37 - A | A

Segunda-feira, 29 de Setembro de 2025, 08h:37 - A | A

decisão em outubro

Barroso admite possível saída do STF e critica “religiosidade agressiva”

Barroso critica ataques, fala em retiro e avalia futuro fora do Supremo

Lucione Nazareth/VGNJur

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou em entrevista à GloboNews nesse domingo (28) que cogita deixar a Corte após concluir seu mandato na presidência, que se encerra nesta segunda (29). O ministro disse já não ter a mesma motivação de antes e revelou que fará um retiro espiritual em outubro para refletir sobre sua permanência no tribunal.

“Quando minha mulher ainda era viva, eu tinha um ajuste com ela de sair depois da presidência e aproveitar o tempo que tivéssemos. Essa motivação eu já não tenho”, declarou Barroso, lembrando da esposa, Tereza Cristina Van Brussel Barroso, que faleceu em janeiro de 2023.

O ministro explicou que gosta do trabalho, da convivência com os colegas e da relevância do Supremo no debate público, mas reconheceu sentir que pode ter “cumprido um ciclo”. “Sou feliz no Supremo, gosto do meu trabalho, mas às vezes tenho a sensação de já ter cumprido um ciclo. Eu gosto da vida acadêmica, tinha convites nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. Não tenho vontade de viver fora do Brasil, mas eventualmente ir e voltar”, afirmou.

Barroso destacou ainda o impacto pessoal da exposição pública e ataques nas redes sociais. “Minha mulher sofria imensamente, porque as pessoas atacavam o Instagram dela. Eu mesmo já fui cercado por 300 pessoas em um estado da federação e precisei sair de carro blindado”, relatou. Apesar disso, frisou que os filhos não sofreram constrangimentos diretos.

O ministro também comentou a relação entre política e religião no país, criticando a mistura de agressividade e fé. “Nós precisamos resgatar a religiosidade verdadeira, espiritualizada. Essa religiosidade grosseira, agressiva, raivosa não tem um pingo de espiritualidade, é uma farsa”, afirmou.

Sobre os boatos de uma possível indicação diplomática, Barroso negou: “Embaixador em Paris não é uma das minhas cogitações. Até liguei para o embaixador Ricardo Neiva para dizer que não quero o lugar dele nem de nenhum embaixador”.

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