O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na tarde desta quarta-feira (18.06), a prisão preventiva de Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente.
Câmara estava em liberdade condicional e fazia uso de tornozeleira eletrônica quando foi detido. A prisão preventiva foi determinada em razão de condutas que, segundo o ministro, configuram possível tentativa de obstrução de investigação criminal.
Diálogos no Instagram
A determinação judicial está fundamentada em diálogos que vieram à tona através do aplicativo Instagram. Conforme a decisão, Marcelo Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, teriam tentado obter informações sigilosas relacionadas ao acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid.
De acordo com o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, as condutas indicam tentativa de obtenção de dados confidenciais sobre a delação por meio de conversas e contatos pessoais em Brasília.
Novo depoimento de Mauro Cid
A decisão determina ainda que Mauro Cid, colaborador da Justiça, deverá prestar novo depoimento no prazo de 15 dias. O ministro destacou que as condutas extrapolaram as obrigações legais de advogado.
Procedimentos da prisão
Marcelo Câmara foi conduzido inicialmente para realizar exame de corpo de delito, procedimento padrão em casos de prisão, antes de ser encaminhado ao local onde cumprirá a prisão preventiva. As informações sobre a localização exata da detenção não foram divulgadas.
O caso integra as investigações em andamento no STF relacionadas a supostos crimes contra o Estado democrático de direito.
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