O vereador Sardinha (MDB) não poupou críticas ao presidente do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG), tenente-coronel aposentado da Polícia Militar, Zilmar Dias Silva, durante a sessão desta quarta-feira (18.06). Na tribuna, disparou contra a condução das explicações prestadas pelo coronel na Câmara, nessa terça-feira (17).
Sardinha começou relatando uma situação que considerou, no mínimo, constrangedora: flagrou Zilmar concedendo entrevista à imprensa logo após deixar o plenário. “Ao sair, encontrei o coronel dando entrevista. E olha... A vontade foi grande de me intrometer, mas segurei. Até porque ele dizia que eu tinha meus dados e ele, os dele. Ora, quais dados são esses?”, disparou.
Sem papas na língua, o vereador não economizou nas críticas. “Posso falar por mim: o senhor, para mim, veio aqui ontem só para passear. Não me deu explicação alguma. Não me convenceu de nada. Para começar, o que o senhor contou aqui foi coisa para bebê, ainda mais bebê Reborn, que não sou eu”, alfinetou o emedebista.
Sardinha rechaçou a fala do presidente do DAE de que os dados eram de responsabilidade do próprio parlamentar. “Não são meus dados não, coronel. São dados do próprio DAE. Tenho documentos assinados pelo ex-presidente Sandro Azambuja e pelo senhor também. Ou o senhor não é Zilmar Dias?”, ironizou.
O vereador acusou o presidente da autarquia de tentar descredibilizá-lo publicamente, insinuando que estaria divulgando fake news. “Eu não fico subindo nessa tribuna para falar borrachinha, nem para enganar ninguém. Eu trabalho com fatos. E os fatos estão aqui: essa bagunça dos caminhões-pipa, que o senhor mesmo me forneceu. Eu não inventei nada, não”, rebateu.
Sardinha anunciou que vai formalizar um requerimento exigindo do DAE a relação dos caminhões-pipa ativos entre os 14 citados, além dos documentos dos veículos, incluindo o licenciamento de 2025 e os valores pagos de janeiro a maio deste ano.
E seguiu no tom: “Sendo bem sincero, não vou sentar no DAE para conversar com ninguém. A minha obrigação é trabalhar e trabalhar com a verdade. Isso é princípio. Na polícia é assim: sim, sim; não, não. Não existe meia informação, não existe meia verdade. Da mesma forma que não existe meio crime. Ou é ou não é. E para mim, sobre os caminhões-pipa, não me convenceram. Falo por mim. Porque tem aquele ditado: uns gostam dos olhos, outros da remela”, finalizou, deixando claro o recado.
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