O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta segunda-feira (09.06) a ouvir os réus acusados de participar de um plano golpista para tentar manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. Bolsonaro deve prestar depoimento entre quarta (12) e quinta-feira (13). Acompanhe a sessão no final da matéria.
Estão sendo interrogados o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
As audiências acontecem de forma presencial no STF, em Brasília, numa sala adaptada para funcionar como um tribunal do júri. Caso os depoimentos se estendam, as sessões poderão continuar nos próximos dias.
Mauro Cid é o primeiro a falar
O primeiro a ser ouvido é Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça. Mesmo colaborando com as investigações, ele também foi denunciado. Os ministros do STF vão avaliar se as informações que ele forneceu realmente ajudaram nas investigações, o que pode influenciar nos benefícios que ele pode receber.
Bolsonaro será o sexto a depor. Pela ordem alfabética dos nomes, ele ficará sentado ao lado de Mauro Cid e do general Augusto Heleno durante a audiência.
Apenas o general Braga Netto será ouvido por videoconferência, direto do Rio de Janeiro, onde está preso. Ele será o último a depor.
Réus são obrigados a assistir às audiências
Os acusados precisam acompanhar as sessões até o momento em que forem ouvidos. Depois disso, podem pedir para deixar a sala.
Durante os depoimentos, os réus têm direito de permanecer em silêncio, para não se incriminarem. A ordem dos questionamentos começa com o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, seguido pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e depois pelas defesas dos réus. Não há limite de tempo para as perguntas.
Esquema de segurança e restrições
O STF reforçou a segurança para as audiências, repetindo o esquema utilizado em março, quando a Corte recebeu a denúncia do caso. O acesso ao tribunal está mais controlado, e os réus são proibidos de conversar entre si durante as sessões — podem apenas se cumprimentar.
Ordem dos interrogatórios:
Mauro Cid (ex-ajudante de ordens e delator)
Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)
Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
Jair Bolsonaro (ex-presidente)
Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil – por videoconferência)
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