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VGNJUR Domingo, 06 de Julho de 2025, 16:30 - A | A

Domingo, 06 de Julho de 2025, 16h:30 - A | A

inquérito civil

MPE apura troca de carne por uso de máquinas da Prefeitura em Carlinda

MPE quer explicações de Carlinda por 17 anos de festas com carne trocada por serviços

Lucione Nazareth/VGNJur

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito civil para investigar a suspeita de uso irregular de dinheiro público e de máquinas da Prefeitura de Carlinda (a 724 km de Cuiabá) para organizar a tradicional Festa do Agricultor, que já teve 17 edições.  

Segundo o promotor Paulo José do Amaral Jarosinski, há indícios de que a Prefeitura usava máquinas, servidores e combustíveis para fazer serviços em propriedades privadas em troca de doações de carne bovina para o almoço do evento. O caso foi revelado em depoimentos de servidores durante uma ação eleitoral e deve ser apurado como possível ato de improbidade administrativa, com dano ao dinheiro público.  

De acordo com o procedimento, em algumas edições da festa, gado era doado por fazendeiros em troca de serviços feitos com maquinário da Prefeitura, como terraplanagem ou abertura de estradas. A Controladoria Interna do município confirmou a prática, mas não apresentou documentos que comprovem registros formais ou autorização legal para essas trocas.  

Uma servidora e o ex-secretário de Obras, Lucio Tragino Costa, ouvidos na Justiça disseram que os serviços existiam, mas não souberam informar se havia contrato ou autorização para o uso das máquinas públicas em propriedades privadas.  

O procurador alerta que, além de ser ilegal usar recursos públicos para fins privados, o dinheiro da Secretaria de Educação e Cultura também foi usado na festa organizada pela Secretaria de Agricultura, o que pode configurar desvio de finalidade.  

Paulo José determinou a instauração de Inquérito Civil para apurar o caso, e solicitou que Controladoria de Carlinda envie todos os documentos sobre os custos da carne e as trocas feitas entre 2017 e 2025. O MPE quer saber quem autorizou as despesas, quem doou o gado e quais serviços foram feitos em troca, com nomes dos beneficiados e detalhes dos trabalhos.  

Caso seja comprovado o desvio de dinheiro ou uso irregular de máquinas, os envolvidos podem responder por ato de improbidade administrativa, ter que devolver o dinheiro e ficar proibidos de contratar com o poder público.

Outro Lado 

A reportagem do tentou contato com a Prefeitura de Carlinda por telefone, mas as ligações não foram atendidas. O espaço segue aberto para manifestação.

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