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VGNJUR Segunda-feira, 12 de Maio de 2025, 13:58 - A | A

Segunda-feira, 12 de Maio de 2025, 13h:58 - A | A

sigilo é determinado

Justiça autoriza uso de provas da PF em ação que pode cassar prefeito de Sorriso

PF liga empresa de VG a caixa dois de prefeito de Sorriso

Lucione Nazareth/VGNJur

A Justiça Eleitoral autorizou o uso de provas da Operação Rustius, da Polícia Federal, na ação que pode levar à cassação do mandato do prefeito de Sorriso (420 km de Cuiabá), Alei Fernandes (União), por suspeita de caixa dois na campanha de 2024.

A decisão, assinada na quarta-feira (07.05) pela juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, da 43ª Zona Eleitoral de Sorriso, atendeu a um pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE). A magistrada também determinou sigilo no processo, com acesso restrito ao prefeito investigado, ao autor da ação, Leandro Damiani (MDB), e ao Ministério Público.

As investigações da PF começaram dias antes das eleições, após a apreensão de R$ 300 mil em espécie com o agricultor Nei Frâncio, na BR-163, em Sorriso, no dia 3 de outubro. Nei foi apoiador de Alei Fernandes durante a campanha.

Segundo o MPE, a análise do celular de Nei revelou diversas mensagens que indicam um possível esquema de arrecadação ilegal para a campanha. Ele atuava como uma espécie de coordenador financeiro informal, buscando doações com empresários sem qualquer registro oficial.

Em uma das conversas, o empresário Atilio Elias Rovaris, apontado como articulador da campanha, orienta Nei a buscar um envelope em Várzea Grande com uma pessoa identificada como W.J.S. A Polícia Federal apurou que o valor foi retirado na sede da empresa L.R.D.C.P. Ltda., no bairro Jardim Glória I, e levado para Sorriso.

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Para o Ministério Público, os R$ 300 mil apreendidos eram parte desse esquema e seriam usados para abastecer o caixa dois da campanha de Alei.

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Pedido de cassação

Em 02 de dezembro de 2024, Leandro Damiani, que foi derrotado nas eleições, entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra Alei Fernandes e seu vice, Acácio Ambrosini (União). Ele acusa a chapa de abuso de poder econômico, uso de caixa dois e compra de votos.

A ação destaca a apreensão dos R$ 300 mil, cuja origem não foi declarada, como prova de arrecadação ilícita. Também aponta o uso de serviços de marketing que não teriam sido contabilizados oficialmente.

“Há indícios claros de uso de recursos não declarados e de caixa dois na campanha”, afirma a ação, que também cita a prisão em flagrante de Nei Frâncio. O dinheiro foi encontrado em maços de notas de R$ 20, R$ 50, R$ 100 e R$ 200.

Damiani pede que o Judiciário casse o registro da candidatura de Alei e Acácio, aplique multa e os declare inelegíveis por oito anos.

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