Os ex-policiais militares Hércules Araújo Agostinho, José de Barros Costa; João Leite e o comerciante Edmilson Pereira da Silva foram pronunciados pelo juiz da 1ª Vara da Criminal, Murilo Moura Mesquita, e devem ser levados a Júri Popular pela morte do ex-vereador de Várzea Grande, Valdir Pereira, ocorrido em agosto de 2002.
“Constata-se a existência de indícios suficientes a demonstrar que os denunciados José de Barros Costa, João Leite, Hércules de Araújo Agostinho e Edmilson Pereira da Silva sejam autores do crime descrito na denúncia”, diz trecho do despacho do magistrado realizado em 22 de novembro, mais disponível somente agora.
Na decisão, o magistrado julgou improcedente a denúncia contra o ex-policial Célio Alves, pela não participação dele no crime. "Ressalte-se que não se trata de reconhecimento da inocência do réu Célio, mas de constatação da inexistência de indícios suficientes de sua autoria ou participação, o que não obsta ao Ministério Público, caso vislumbre a existência de prova nova, renovar a acusação", cita o juiz em sua decisão.
Além disso, ele destacou que que o processo está suspenso em relação ao ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, apontado pela denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) como sendo o mandante do crime. A suspensão é em virtude do pedido de extensão de extradição de Arcanjo junto ao Governo do Uruguai.
O Júri Popular para julgar os acusados deve ser marcado para 2020.
Entenda – Valdir Pereira foi morto em 07 de agosto de 2002, no bairro Jardim Glória II, em Várzea Grande. Segundo denúncia do Ministério Público, Hércules e José de Barros, agenciados por João Leite, e a mando de João Arcanjo, mediante paga ou promessa de recompensa, após uma emboscada, mataram Valdir na frente de sua residência, empreendendo, inclusive, fuga no veículo já devidamente disponibilizado para tal finalidade pelo denunciado Edmilson Pereira da Silva.
Consta dos autos, que assassinato foi motivado por disputa de pontos de exploração de jogos de azar entre Valdir Pereira e João Arcanjo. No dia do crime, o então vereador foi abordado quando chegava em casa, recebendo diversos disparos de espingarda calibre 12.
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