O ex-ministro da Justiça Anderson Torres negou, na manhã desta terça-feira (10.06), durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), ter extraviado propositalmente seu celular para impedir o acesso da Polícia Federal aos dados do aparelho. Ele prestou depoimento como um dos réus apontados como integrantes do chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista.
Questionado se havia perdido o celular de forma intencional, Torres afirmou que ficou “transtornado” ao saber da ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Eu perdi meu telefone naquele momento, o mais duro da minha vida. Estava com minhas três crianças pequenas nos Estados Unidos, quando saiu a notícia da minha prisão, no dia 10 de janeiro de 2023. Fiquei transtornado. Perdi o equilíbrio. Um sonho das crianças virou um pesadelo para mim. Perdi o celular, perdi uns dólares, e isso foi muito ruim para a minha defesa”, declarou.
Na época, Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele foi o quarto réu do chamado “núcleo crucial” da trama golpista a ser interrogado pela Primeira Turma do STF.
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