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Barroso rebateu ponto a ponto as falas de Bolsonaro sobre a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas Foto:Reprodução
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, se pronunciou nesta quinta-feira (09.09) após ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à democracia, no dia 7 de setembro. Barroso disse que a "democracia vive um momento delicado".
“A democracia vive um momento delicado em diversas partes do mundo. Recessão democrática, constitucionalismo abusivo e outras identificações. Os exemplos foram se acumulando ao longo da história: Hungria, Polônia, Rússia, Filipinas, Venezuela, Nicarágua e El Salvador. É nesse clube que não queremos entrar”, disse Barroso.
Barroso destacou que o populismo tem lugar quando líderes carismáticos manipulam as necessidades e medos da população, "apresentando-se como anti-establishment e prometendo soluções simples e erradas, que frequentemente cobram um preço alto no futuro".
Ele disse ainda, que o “populismo vive de encontrar culpados para justificar o seu fiasco”. “Quando o fracasso inevitável bate à porta, porque esse é o destino do populismo, é preciso encontrar culpados, bodes expiatórios. O populismo vive de arrumar inimigos para justificar o seu fiasco. Pode ser o comunismo, a imprensa ou os tribunais".”
Para o presidente do TSE, a “falta de compostura nos envergonha perante o mundo. A marca Brasil sofre, nesse momento, uma desvalorização global. Somos vítimas de chacota e de desprezo mundial”.
Barroso voltou a defender a segurança das urnas ao rebater as críticas do presidente sobre o voto auditável. “O sistema é certamente inseguro para quem acha que o único resultado possível é a própria vitória. Como já disse antes, para maus perdedores não há remédio na farmacologia jurídica.”
O minstro anunciou ainda, durante seu pronunciamento, a criação de uma comissão de transparência para as eleições, com membros de diversas instituições.
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