VGN
Vereadora Edna Sampaio (PT)
Troca de ofensas e agressão verbal marcaram a reunião da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, Adolescente e Idoso desta segunda-feira (29.11) para emissão do parecer do projeto que cria o Conselho Estadual dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Conselho LGBT.
Foram ouvidos do público favoráveis à criação do Conselho, gritos de homofônico, machista e mentiroso desferidos contra um ativista do conservadorismo, contrário ao Conselho LGBT.
Uma das ofendidas foi a vereadora Edna Sampaio (PT) que, segundo ela, foi agredida verbalmente durante a reunião por uma pessoa não identificada que se intitula de “ativista do conservadorismo”. Edna foi chamada de “vereadora do Bolso do Paletó”, além de palavras de baixo calão, como “vai dar c...” etc.
“Não dá para discutir política de combate a violência contra mulher, chamando um feminicída aqui para discutir. Vou abrir uma queixa contra esse Covarde, que veio aqui para desmoralizar as pessoas porque é um machista, LGBT Fóbico e LGBT Fobia é crime reconhecido pelo STF e o Estado de Mato Grosso e a Assembleia Legislativa não podem institucionalizar a LGBT Fobia sob pretexto que que nós não podemos gastar com essa política. Que história é essa? Não existe política sem assunção do Estado e sem gasto”, declarou Edna garantindo que irá registrar boletim de ocorrência contra o agressor.
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A presidente municipal do Conselho LGBT em Cuiabá, Christiane Fonseca, em entrevista ao 
lamentou o posicionamento dos deputados. Ela pediu sensibilidade dos deputados para que olhe para esse público “que tanto é oprimido nessa sociedade”.
“É muito lamentável a situação que nós acompanhamos aqui, porque nós temos hoje em Cuiabá, há quatro anos aprovado o Conselho de Atenção à Diversidade. O Estado de Mato Grosso é o único Estado que não tem Conselho. Então isso é um retrocesso e mais retrocesso ainda é ver o quanto essa pauta vem sendo protelada dentro dessa Casa, o quanto muitas vezes acaba sendo camuflada em discursos institucionais para esconder o que na verdade é preconceito”, declarou Christiane.
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