O vereador de Cuiabá, Jeferson Siqueira (PSD), acusou nessa quinta-feira (12.12) o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) de estar fazendo “terrorismo” ao anunciar demissão em massa de servidores comissionados e de diretores de escolas e creches da Capital. Segundo o parlamentar, o futuro prefeito está colocando “medo” no funcionalismo público, mexendo com o emocional dos trabalhadores.
Na última quarta-feira (11.12), Abilio anunciou que pretende enxugar a máquina pública por meio da exoneração de 1 mil servidores comissionados e dos 169 diretores de escolas municipais e creches. Sobre os diretores, o prefeito eleito declarou ainda que pretende fazer uma “reavaliação” dos profissionais, e que alguns deles podem ser recontratados.
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Jeferson Siqueira afirmou, em entrevista à imprensa, que Abilio estaria desconstruindo seu discurso de campanha, no qual, conforme o vereador, Brunini teria prometido mais oportunidades de emprego e valorização do servidor público.
O parlamentar declarou que a Educação da Capital ficou em 3º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), e que Abilio não poderia simplesmente demitir profissionais que contribuíram para o “bom desempenho” da Capital.
“Cuiabá é o 3ª colocado no ranking do IDEB. Como que você vai trocar todos os diretores que pontuaram em terceiro lugar hoje ao nível do Brasil, simplesmente porque ele quer! O Abílio não apresentou nenhuma justificativa porque ele quer trocar todos os diretores. Ele não falou em qualificação, capacitação, de um programa, de um avanço na Secretaria de Educação”, declarou o vereador.
Ainda segundo ele, atualmente os diretores ganham uma “bonificação” para desempenhar o cargo, e que muitos assumem compromissos financeiros, como aquisição de veículos e investimento na formação (cursos e busca de nova graduação), para ser pago com essa “extra”, e que uma demissão pode “mexer com emocional” e com a questão financeira destes servidores.
“O diretor, quando ele assume, passa a receber uma bonificação. Com certeza, esse diretor comprou um carro para trabalhar, está pagando uma faculdade, fez compromissos financeiros! Você vai mexer na estrutura emocional do profissional da educação, na estrutura financeira. Você está colocando um medo no trabalhador quando fala que vai exonerar 1 mil servidores e todos os diretores”, disse Siqueira.
Ele ainda acrescentou: “Eu acho, para quem está com seu salário comprometido, para quem hoje é diretor de uma escola, fez todo um planejamento financeiro, investiu, ouvir um futuro prefeito dizer que vai exonerar sem nenhuma justificativa os diretores, isso é um terrorismo. Eu acho que deveria pensar melhor”.
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