O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou nesta terça-feira (10.12) que pretende exonerar imediatamente cerca de mil servidores comissionados da Prefeitura de Cuiabá para evitar articulações e pressões de vereadores na Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá.
Segundo Brunini, nos últimos dias a Prefeitura fez 131 substituições em cargos comissionados. Uma movimentação que, segundo Abilio, seria para que vereadores mantessem indicados no cargo e, com isso, pressionassem o prefeito eleito a manter os indicados na próxima gestão. O prefeito eleito disse que pretende pedir a Emanuel Pinheiro (MDB) que faça as exonerações em 31 de dezembro, se isso não ocorrer, ele o fará em janeiro.
"Se não for feito todos esses cargos de comissão no dia 2 de janeiro, nós também vamos substituir todos os diretores da gestão, das escolas, vamos analisar todos os cargos que são de livre nomeação, nós vamos fazer a substituição", declarou.
Tentantiva de articulação da Mesa Diretora
Segundo Abilio, as 131 mudanças nos cargos comissionados podem sugerir um movimento que, na avaliação do prefeito, ocorreu para que vereadores o pressionem durante as discussões da Mesa Diretora. Por conta disso, Brunini afirmou que pretende demitir todos, sem exceção.
"Só nos últimos dois meses, após a eleição, teve 131 substituições na nova gestão, estamos no final do mandato", declarou. "Isso quer dizer o que? Ou que está tentando algum distúrbio, porque já é fim de mandato, ou que está tendo alguma tentativa de pressão, de nomear pessoas lá por vereadores aqui para que eu depois segure essas pessoas lá sob tentativa de articulação de Mesa ou qualquer coisa nesse sentido", afirmou.
Por conta dessa suposta pressão, Brunini afirmou que pretende pedir ao atual prefeito a exoneração de todos os cargos em 31 de dezembro. E, se isso não ocorrer, os comissionados serão dispensados no dia 2 de janeiro de 2025.
"Já deixo claro: todos os cargos que são ligados aos atuais vereadores, comissões, cargos de livre nomeação serão exonerados e aí depois a gente vai reavaliar quem fica, quem sai, quem volta", disse Abilio.
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