O secretário estadual de saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista à imprensa, nessa quarta-feira (13.01), afirmou que a distribuição do primeiro lote da vacina contra Covid-19 será insuficiente para imunizar os profissionais de saúde - primeiro grupo considerado prioritário pelo Ministério da Saúde.ilberto avaliou que o Estado terá que fazer a "seleção da seleção" porque as doses que serão distribuídas igualitariamente pelo Governo Federal - não atenderão à demanda.
A expectativa “otimista”, segundo Gilberto, é que o Brasil - neste primeiro momento - tenha oito milhões de vacinas entre as produzidas pelo Instituto Butantan e as importadas da China.
“O Governo Federal já fez a aquisição de 100% das vacinas do Butantan e o Ministério da Saúde já anunciou que muito provavelmente sairá o resultado da avaliação da Anvisa no domingo. Na semana que vem deve-se começar, se o resultado for positivo, já a logística distribuição disso será igualitariamente entre os Estados. O grande problema é que os lotes que serão disponibilizados serão insuficientes no primeiro momento para atender inclusive os grupos prioritários estabelecidos pelo Governo Federal”.
Ele explicou que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) estuda estratégias para selecionar quais do grupo prioritário serão imunizados.
“Estamos debruçados para saber qual é a nossa estratégia, vamos ter que selecionar público dentro do próprio público. Quando falamos em imunizar profissionais da saúde, nós vamos naqueles profissionais que estão em enfermaria e em leitos de UTI Covid-19, tem aquele profissional que não está na frente, mas é vulnerável, no entanto, a quantidade que vem será insuficiente para todos irem para fila de vacinação. Nossa equipe já está trabalhando para priorizar e definir qual estratégia”, relatou o secretário.
Gilberto pontuou que os grupos prioritários são formados pelos trabalhadores da saúde, depois vem à população que está internada em unidades de tratamento (pessoas idosas) e os profissionais que estão atendendo, neste caso, serão vacinados dentro da escala de faixa etária.
“É importante frisar, que nesse primeiro plano do Ministério, o público priorizado corresponde a 19% da população. No Plano Nacional de Vacinação não tem o prazo de vacinar a população inteira”, enfatizou.
Segundo Gilberto, assim que as vacinas estiverem disponíveis no Estado, elas serão distribuídas em dois dias aos municípios: “Não temos problemas de logística, a vacina estando no Estado, no máximo em dois dias vão estar nos municípios, para que as Prefeituras façam as atividades de vacinação, lembrando que essa atividade ela é municipal. Nós temos um plano para sugerir aos municípios, que nós absorvemos a tarefa de vacinar os profissionais da saúde, que estão em unidades do Governo do Estado.”
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