Com 13 votos favoráveis, dois contrários e uma abstenção, os vereadores de Várzea Grande aprovaram o Projeto de Lei Complementar n.º 17/2025, de autoria do Poder Executivo, que altera o Anexo II da Lei Complementar Municipal n.º 4.083 e cria 15 cargos comissionados no gabinete do vice-prefeito Tião da Zaeli (PL). Os votos contrários foram dos vereadores Gisa Barros e Caio Cordeiro (PL). O vereador Charles da Educação (União) registrou abstenção.
Conforme o documento, serão criados: três cargos DNS2, com vencimento de R$ 6,5 mil e verba indenizatória (VI) de R$ 2,5 mil, totalizando R$ 9 mil; dois cargos DNS3, com vencimento de R$ 5 mil e VI de R$ 1,5 mil, totalizando R$ 6,5 mil; e cinco cargos DNS4, com vencimento de R$ 3,5 mil e VI de R$ 1,5 mil, totalizando R$ 5 mil.
Além disso, será criado um cargo DNS5, com vencimento de R$ 3 mil e VI de R$ 1,2 mil, totalizando R$ 4,2 mil, e quatro cargos DNS6, com vencimento de R$ 2 mil e verba indenizatória de R$ 1 mil, totalizando R$ 3 mil.
Com a criação dos novos cargos, o impacto financeiro estimado é de R$ 81,2 mil mensais e R$ 974,4 mil anuais, considerando vencimentos e verbas indenizatórias.
O projeto não constava da ordem do dia e foi apresentado, ao final da segunda sessão, pelo líder da prefeita Flávia Moretti (PL), vereador Samir Japonês. A vereadora Gisa Barros (PSB), membro da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), votou contrariamente à proposição e afirmou que não teve acesso ao projeto, o qual chegou à Casa em cima da hora, sem tempo hábil para análise, sendo encaminhado, segundo ela, “a toque de caixa”.
De acordo com a vereadora Gisa Barros, o projeto está em conformidade com o artigo 48 da Lei Orgânica Municipal e com os artigos 21 e 22 da Constituição Federal. No entanto, a parlamentar criticou a gestão da prefeita Flávia Moretti, argumentando que, durante a campanha, a chefe do Executivo defendia o enxugamento da máquina pública e se posicionava contra o que classificava como "cabide de emprego", mas agora estaria criando novos cargos.
“Considero bastante contraditório que uma gestão que tanto falou em enxugar a máquina e combater o cabide de empregos agora esteja criando novos cargos. É preocupante a ausência de medidas concretas para promover o enxugamento da máquina pública e buscar maior eficiência administrativa. Segundo informações veiculadas pela mídia, a folha salarial já se encontra bastante elevada, próxima de R$ 50 milhões. Diante disso, reitero meu voto contrário ao projeto, visando evitar desperdícios e sobreposições de funções”, afirmou a vereadora Gisa Barros.
Leia também - AGER aprova tarifa de R$ 5,95 para transporte intermunicipal entre Cuiabá e VG
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).