Em pronunciamento na tribuna do Senado Federal nessa quarta-feira (18.06), o senador Jayme Campos (União-MT) voltou a se posicionar veementemente contra a proposta de ampliação do número de deputados federais e estaduais no Brasil, classificando a medida como "irresponsável" em meio à crise econômica. Além disso, o parlamentar criticou o aumento da carga tributária e a má gestão dos recursos públicos pelo Governo Federal. Ele adiantou que votará contra as duas propostas em tramitação no Congresso Nacional.
Campos rejeitou a ideia de aumentar o número de parlamentares, argumentando que o Brasil já possui um Congresso inflado em comparação a outros países. "Os Estados Unidos têm 331 milhões de habitantes e 430 deputados. Nós, com 200 e tantos milhões, temos 513. Isso é um absurdo" – ele afirmou. O senador destacou que, em vez de criar novas vagas, o correto seria redistribuir as existentes, conforme prevê a legislação.
O parlamentar alertou que a medida seria um desperdício de recursos em um momento de grave crise fiscal. "Num país praticamente falido, sem perspectiva de recuperação das finanças, aumentar deputados seria o fim da picada. Seríamos indignos de ocupar estes cargos" – ele declarou.
Além do tema legislativo, o senador mato-grossense condenou a possibilidade de novos aumentos de impostos, lembrando que os brasileiros já trabalham cerca de 140 dias por ano só para pagar tributos. "É quase inconcebível pensar em elevar a carga tributária em um país onde o Governo gasta mal trilhões de reais" - disse.
"Isso é um escárnio, um desrespeito ao cidadão que acorda às 4 horas para pegar um ônibus e pagar impostos, enquanto o Governo cria cabides de emprego" – ele afirmou, ao defender a redução do tamanho do Estado, citando os 39 ministérios atuais como exemplo de excesso.
CPMI do INSS
Jayme Campos também mencionou em seu discurso a instalação da CPMI da Previdência, que investiga desvios de mais de R$ 6 bilhões dos aposentados. "Quem roubou nossos velhinhos deve ser preso em penitenciárias de alta segurança", disse, defendendo punição rigorosa aos responsáveis. Vítima dos criminosos, Campos acredita que o valor pode ser ainda maior que o anunciado.
O discurso do senador reforçou a necessidade de responsabilidade fiscal e priorização do interesse público em meio às discussões sobre reformas políticas e tributárias no Congresso.
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