O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), afirmou nesta segunda-feira (16.06) que a Casa está acompanhando com “tranquilidade” as investigações que citam 14 deputados estaduais em um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares. A apuração, batizada de Operação Suserano, investiga sobrepreço na compra de kits agrícolas que pode ter causado R$ 28 milhões de prejuízo aos cofres públicos.
“Cada deputado terá chance de apresentar sua defesa e esclarecer os fatos. É fundamental verificar a realidade, pois há informações que não condizem com o ocorrido”, disse Russi.
Ele enfatizou que a fiscalização cabe a órgãos independentes, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil, enquanto a Assembleia Legislativa apenas “acompanha e espera” pelos resultados.
Sobre o Instituto de Natureza e Turismo (Pronatur), alvo das emendas investigadas, Russi defendeu o terceiro setor: “Em Mato Grosso há cerca de 13 mil instituições. Conheço pouco mais de dez, mas elas fazem um trabalho sério. Não podemos julgar todas por erros de algumas.”
Questionado se recomendaria aos parlamentares suspenderem repasses a esse instituto enquanto durasse a investigação, respondeu: “Não farei nenhuma recomendação. Cada deputado decide e responde pessoalmente por suas emendas.”
A Operação Suserano, deflagrada em setembro de 2024, aponta que empresas ligadas a um empresário, considerado sócio oculto, foram favorecidas por emendas de deputados que resultaram em contratos superfaturados. A delegada Juliana Rado pediu, em maio, o envio do inquérito à Polícia Federal. Todos os citados negam irregularidades.
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