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Política Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 20:13 - A | A

Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025, 20h:13 - A | A

Política

Após ocupação de plenários por bolsonaristas, Alcolumbre transfere sessão do Senado para formato remoto

Presidente da Casa afirma que não aceitará intimidações: “Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”

Rojane Marta/VGN

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou que a sessão deliberativa marcada para esta quinta-feira (07.08), às 11h, será realizada em formato remoto. A decisão foi tomada após apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadirem os plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, na noite de quarta-feira (06), em ato que cobra anistia a Bolsonaro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo publicação feita por Alcolumbre nas redes sociais, o objetivo da medida é “garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada”. O senador também afirmou que não aceitará “intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado”.

O protesto teve início ainda na tarde de quarta-feira e seguiu noite adentro, com manifestantes bolsonaristas se instalando nos plenários das duas Casas do Congresso Nacional. Com cartazes e bandeiras, o grupo pedia medidas contra o Judiciário, incluindo a saída de Moraes do STF, e a aprovação de uma anistia a investigados e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A segurança do Congresso foi reforçada, e o acesso ao Senado passou a ser controlado com maior rigor. A decisão de Alcolumbre de realizar a sessão por videoconferência tem o objetivo de evitar confrontos e garantir a continuidade dos trabalhos legislativos.

“Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, afirmou o presidente do Senado.

A mobilização dos manifestantes ocorre em meio ao julgamento, no STF, de ações contra envolvidos nos atos antidemocráticos. O movimento pressiona o Congresso a reagir contra decisões da Corte e tenta influenciar o andamento de projetos em pauta. Até o momento, não houve confronto, mas o clima é de tensão nas dependências do Legislativo.

 
 
 
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