O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), avaliou nesta quarta-feira (06.08), durante coletiva de imprensa, que houve “exagero” na decisão do Judiciário que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar da crítica, ressaltou que decisões judiciais devem ser respeitadas e cumpridas.
“Houve, sim, um exagero na condução [do processo]. Isso é quase unânime por parte da população. Mas também não podemos desrespeitar a Justiça. Decisão judicial se cumpre, não se discute”, declarou o parlamentar, na chegada para a sessão solene de reabertura dos trabalhos legislativos no segundo semestre.
A fala ocorre em meio à crise institucional instalada em Brasília após parlamentares aliados de Bolsonaro obstruírem sessões na Câmara dos Deputados e no Senado em protesto contra a medida judicial. Russi disse estar preocupado com os desdobramentos políticos e econômicos.
“É um momento de preocupação e instabilidade, que nos deixa pensativos sobre os próximos meses. Isso gera incerteza no setor produtivo e inibe investimentos, empregos e o crescimento do país. A economia sente o impacto, mesmo que inicialmente não pareça”, avaliou.
Apesar da tensão no cenário nacional, o presidente da ALMT destacou que a situação em Mato Grosso é diferente.
“Aqui, temos uma Assembleia tranquila e um Estado que está desenvolvendo. Temos uma das menores taxas de desemprego do país. Há o que comemorar. Vamos seguir colaborando para o crescimento até o fim do ano”, disse.
Instabilidade e impacto político
Questionado se a prisão de Bolsonaro poderia enfraquecer a direita no país, Russi preferiu não emitir uma opinião definitiva.
“É difícil apontar se isso vai enfraquecer um lado ou outro. Só o tempo dirá. O que é certo é que o país perde. A economia desacelera, a confiança se retrai. Em um primeiro momento pode não parecer, mas os efeitos virão.”
Max Russi também comentou sobre o potencial “travamento” das pautas nacionais, mas demonstrou confiança nas instituições.
“Não acredito que o país vá travar. O Brasil é muito grande, muito rico, produz demais. Podemos ter dificuldades, mas as instituições precisam funcionar e tomar decisões pensando primeiro no país. O Congresso tem esse papel.”
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