Mesmo nos Estados Unidos desde fevereiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a receber salário da Câmara dos Deputados neste mês de agosto. O pagamento foi efetuado após o fim do seu afastamento de 120 dias, encerrado no último dia 20 de julho, durante o recesso parlamentar.
Segundo o Portal da Transparência da Câmara, Eduardo recebeu R$ 17.000,94, valor proporcional ao mês de julho. Com os descontos obrigatórios, o montante líquido foi de R$ 13.338,69. No entanto, ele não pode movimentar os valores: o pagamento está bloqueado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
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Além disso, o parlamentar gastou R$ 132,399,08 mil em verba de gabinete e mantém nove servidores ativos em seu gabinete, com salários que variam entre R$ 7,5 mil e R$ 23,7 mil. A folha de pagamento dos assessores soma R$ 156 mil mensais e, apesar do bloqueio de bens do deputado, os servidores continuarão sendo remunerados normalmente - Clique aqui e veja valores.
A ordem de bloqueio atinge salários, contas bancárias e bens móveis e imóveis de Eduardo Bolsonaro. A medida foi determinada por Moraes no âmbito do inquérito que apura a atuação do parlamentar junto ao governo dos Estados Unidos para aplicar sanções contra o Brasil e autoridades dos Três Poderes.
Fora do país, Eduardo já declarou que não pretende retornar ao Brasil e articula com aliados formas de manter o mandato mesmo ausente. Uma das ideias cogitadas foi a criação de um cargo no governo do Rio de Janeiro para garantir sua permanência no Congresso, mas a proposta foi descartada pelo governador Cláudio Castro.
A permanência do deputado e de sua família nos Estados Unidos tem sido financiada, em parte, com recursos enviados por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o próprio Bolsonaro, ele repassou R$ 2 milhões ao filho, valor retirado dos R$ 18 milhões recebidos via PIX de apoiadores, em 2023, quando pediu doações para quitar multas judiciais aplicadas durante a pandemia de Covid-19.
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