O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou duramente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (04.08), Mendes classificou a medida como “desnecessária” e “injusta”, e afirmou que ela representa “mais uma mácula no resultado de um julgamento que deveria ser justo e imparcial”.
A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe após as eleições de 2022. Moraes argumentou que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares anteriormente impostas, ao usar redes sociais de aliados e de seus filhos parlamentares para divulgar mensagens com ataques ao STF e apoio à intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro, mesmo estando proibido de se manifestar publicamente ou manter contato com outros investigados.
Para Mauro Mendes, a prisão domiciliar evidencia a “triste história de polarização política, ideológica e jurídica no Brasil”.
Na avaliação do governador, enquanto o país enfrenta crises nas contas públicas, avanço da criminalidade e ameaça de colapso na Previdência, a Justiça concentra esforços em punir um ex-presidente “por um suposto golpe que nunca aconteceu”. Ele também criticou a impunidade em outros casos, afirmando que “grandes traficantes são soltos diariamente” e que “réus confessos de desvios de bilhões são inocentados”.
Em tom enfático, Mendes declarou que é “hora de um basta” e defendeu a construção de uma nação “livre, soberana, democrática”, sem “excessos ou ilegalidades” por parte de qualquer cidadão ou poder. “Não podemos aceitar autoritarismo em nome da democracia”, afirmou.
A manifestação do governador reforça o posicionamento de parte da ala política que se alinha ao ex-presidente Bolsonaro e questiona decisões recentes do Judiciário. O conteúdo teve ampla repercussão nas redes sociais e entre parlamentares aliados.
Até o momento, o Supremo Tribunal Federal não comentou as declarações do governador. A medida que impôs a prisão domiciliar a Bolsonaro segue em vigor, e o caso permanece sob investigação.
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