O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) criticou nesta terça-feira (05.08) a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista à imprensa, Campos afirmou que o país está vivendo uma "ditadura do Judiciário" e classificou as decisões do ministro como "truculentas" e "draconianas".
“Hoje, o Supremo está tomando decisões que não precisavam ser tomadas dessa forma. Eu vivi a ditadura militar, fui prefeito em 1972 e governador na abertura política, e posso dizer que o que vemos agora é um excesso por parte do STF”, declarou o parlamentar.
Segundo Júlio, não houve motivo suficiente para o ministro Alexandre de Moraes, determinar a prisão domiciliar do ex-presidente por descumprimento das medidas cautelares. Ele argumenta que o ex-presidente apenas atendeu uma ligação durante manifestação pública, e que não havia proibição de entrevistas no decreto anterior.
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Campos também criticou as penas aplicadas aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, e citou o caso de idosos condenados a 17 anos de prisão. Em tom de protesto, questionou a ausência de punições equivalentes a outros crimes. “Cadê os ladrões do INSS, que roubaram R$ 90 bilhões? Cadê os da Lava Jato, que já foram perdoados?”, disse.
O deputado defendeu que os ataques ao ex-presidente fortalecem, e não enfraquecem, a direita no país. “Nós somos mais de 50% do Brasil. Não somos radicais, somos uma direita consciente, com força para eleger o futuro presidente”, afirmou.
Ao ser questionado sobre um possível nome para disputar a presidência em 2026, caso Bolsonaro se torne inelegível, Júlio foi direto: “Temos que preparar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para ser o nosso futuro presidente da República”.
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