O presidente do Conselho de Ética do Senado, Jayme Campos (DEM), senador por Mato Grosso, criticou a postura do colega, Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, pelos xingamentos contra o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, Renan Calheiros (MDB/RJ).
Na semana passada, durante o depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten Covid-19, Flávio Bolsonaro compareceu à CPI, em determinado momento ofendeu Renan Calheiros chamando-o de ‘vagabundo’, o clima esquentou, acabou em bate-boca e a CPI foi suspensa.
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O senador ressaltou que o papel da CPI é apurar os fatos e encaminhar para os órgãos de controle, e, sobretudo, para Justiça e Ministério Público Estadual (MPE).
Questionado se o Conselho de Ética pode tomar alguma atitude, Jayme disse que sim, se houver uma representação por parte do interessado. "Por decoro parlamentar, com certeza o Conselho tem essa atribuição e certamente terá que ser apurado dentro da forma regimental e da forma constitucional".
Campos declarou ainda, que acredita que a CPI está caminhando bem, entretanto, afirmou que os parlamentares têm que ser mais respeitosos para não transformar a CPI em palanque político e eleitoral.
O senador também fez críticas a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em relação aos atos praticados de aglomeração. Jayme disse que Bolsonaro não é um 'bom exemplo' - e que as pessoas podem interpretar errado. “Eu sou contra o que ele está fazendo, a ciência está falando de cumprir o distanciamento, fazer higienização das mãos, usar máscara, mas o que tem se visto parece tudo inverso daquilo que certamente é o correto. Não é um bom exemplo para o país”, concluiu o senador Jayme Campos.
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