por Rojane Marta/VG Notícias
As empresas que confiaram no gás natural como matriz energética, estão passando por sérios problemas devido a inadimplência do governo do Estado, por meio da MT Gás que não pagou a importação do produto do país vizinho, Bolívia.
Somente em Várzea Grande, mais de quatro mil trabalhadores ficarão de braços cruzados nesta quarta-feira (17.04), devido à falta do produto. Entre as empresas que apostaram no gás natural – e devem parar as atividades -, constam: a Sadia – que emprega 3,5 mil funcionários, a Millan com 450 trabalhadores e a Prol Móveis de Aço – com 120 servidores.
Em entrevista ao VG Notícias na tarde desta terça-feira (16.04), o diretor da “Prol Móveis de Aço”, Heitor Trentin, afirmou que não poupará esforços para denunciar o descaso do governo do Estado em solucionar o problema. Ele prometeu fechar a rodovia para protestar contra o descaso do governador Silval Barbosa (PMDB).
“Amanhã iremos parar a rodovia caso o gás natural não estiver liberado, pois, nós pagamos nossas contas, e se o governo não paga, a responsabilidade é dele, não podemos pagar pelos erros dele”, disse Heitor ao VG Notícias.
De acordo com Trentin, ele optou pelo gás natural como matriz energética, por ser mais econômico, limpo e menos poluente ao meio ambiente. Porém, ele foi avisado pela sua distribuidora do produto, a “GNC Brasil” de que o gás está acabando e a empresa não terá mais o produto para fornecer. Segundo ele, a fornecedora disse ainda, que não tem previsão de quando o gás natural estará novamente disponível para comercialização – devido à dívida do governo do Estado com a Bolívia.
Heitor advertiu que se sua empresa ficar uma semana sem o produto irá falir, o que acarretará em demissões em massa. O empresário destacou que procurou por resposta, quanto à normalização da distribuição do gás em Mato Grosso, porém, ninguém soube lhe informar. “Quando o gás natural foi apresentado, em nenhum momento foi falado que ele poderia esgotar. Agora, ninguém sabe me informar quando a situação irá normalizar, nem o Sindicato consegue dar explicações” detalhou.
Outro lado – Em entrevista ao VG Notícias o diretor da MT Gás, Helny de Paula, disse que a dívida com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), foi quitada nesta manhã e que a compressão do gás já está liberada. Segundo ele, nesta quarta (17) o produto será comercializado normalmente.
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