O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) afirmou que é favorável à proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos. A proposta está prevista para ser votada em maio na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
A PEC prevê uma regra de transição com o fim da reeleição apenas para quem for eleito em 2034; prorroga os mandatos do Executivo de 4 para 5 anos, incluindo os vereadores e deputados federais, estaduais e distritais, e unifica todas as eleições para o mesmo ano.
Com as mudanças, em vez de eleições a cada 2 anos, o Brasil teria eleições a cada 5 anos, sendo que prefeitos e vereadores eleitos em 2028 teriam mandato de 6 anos, sem direito à reeleição para prefeitos. Já os senadores teriam os mandatos ampliados de 8 para 10 anos.
Ao ser questionada sobre a proposta, Mauro disse que apoia a PEC, assim como propôs a inclusão de trecho que estabelece uma única reeleição nos cargos do Legislativo, evitando que alguns políticos fiquem no mesmo cargo por 30 a 40 anos.
“Eu sou a favor do fim da reeleição. Eu acho que o mandato deveria ser de 5 anos. No Legislativo deveria ter no máximo uma reeleição para o mesmo cargo, e se ele quer, muda de cargo. Se não tem gente que fica aí 30, 40 anos ocupando o mesmo cargo. Então isso é um vício, é uma anomalia”, declarou Mendes.
Segundo ele, é preciso que haja discussão sobre os problemas e soluções da atual sociedade em todos os níveis, e que o modelo de eleições a cada dois anos impede que essas discussões aconteçam, atrasando o desenvolvimento do país.
“O Brasil não aguenta mais isso, gente. Acabou a eleição, já se começa a discutir a outra. Eleição em dois em dois anos custa caro, muda o foco, muda a percepção, debate-se muito o processo eleitoral e não se debate os problemas do país e as suas soluções”, frisou.
Contudo, o governador deixou claro que acredita que a PEC do fim da reeleição não deve avançar, e que principalmente não será acrescido fim do modelo nos cargos do Legislativo.
“Será que eles vão fazer isso? Acho que não! Porque quem define isso é a maioria que está se beneficiando desta reeleição eterna de pessoas que estão lá eternamente e não resolvem o problema do país”, encerrou.
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