O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), criticou, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (18.07), os senadores Jayme Campos (União Brasil) e Margareth Buzetti (PSD), acusando ambos de omissão diante das recentes decisões judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Brunini afirmou que a pressão popular tende a crescer e alertou que a falta de posicionamento pode representar o fim da trajetória política de parlamentares que se identificam com a direita. “Acredito que vai haver pressão sobre senadores que estão sendo omissos, como Jayme Campos e Margareth Buzetti. O povo de Mato Grosso vai cobrar uma postura mais firme. Caso contrário, é o fim da carreira política deles”, declarou o prefeito.
Abilio ampliou a crítica a outros membros do Congresso Nacional, dizendo que a cobrança da população deve se estender a todo o país. As declarações do prefeito foram feitas em meio à repercussão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro.
Para o gestor, a medida representa “excesso”, já que o ex-presidente, segundo ele, colabora com a Justiça. “Essas medidas são excessivas e, neste, momento, inadequadas. "Bolsonaro está comparecendo às audiências, se colocando à disposição. Mesmo assim, impõem tornozeleira? Isso é perseguição política”, opinou.
Na avaliação do prefeito, não há base legal sólida para as ações contra Bolsonaro, que fariam parte de uma articulação política. Ele ainda relacionou o caso ao alinhamento entre Bolsonaro e ao presidente norte-americano Donald Trump, o que, segundo o prefeito, poderia gerar retaliações internacionais.
Abílio também alertou para possíveis impactos econômicos decorrentes do agravamento da crise institucional. “Esse tipo de medida só aumenta a instabilidade política, a tensão no Congresso e a insegurança jurídica. Vai ter reflexo na economia. A população, inclusive, deveria começar a poupar, porque podemos ter inflações maiores”, advertiu.
Por fim, o prefeito afirmou que a tentativa de calar Bolsonaro tende, na verdade, a fortalecer seu discurso político. “A voz do Bolsonaro não será silenciada, mesmo que o prendam. Não vão calar seu posicionamento político. Pelo contrário: isso vai intensificar as tensões em Brasília”, concluiu.
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