O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou nesta sexta-feira (18.07) que as investigações e medidas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem parte de uma “organização” para prendê-lo e torná-lo inelegível. Para o parlamentar, a decisão que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições ao ex-chefe do Executivo é precipitada.
Na manhã desta sexta-feira, Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal e passou a cumprir medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está proibido de se aproximar de embaixadas, sair de casa entre 19h e 7h — inclusive aos fins de semana —, manter contato com outros investigados, entre eles o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), e utilizar redes sociais.
“Ele vai para cadeia. Tudo está organizando para ele ser preso, processado e não disputar mais nenhum mandato eletivo pelos próximos oito anos. Nós já sabíamos que isso iria acontecer”, declarou Júlio Campos.
O deputado criticou o que classificou como antecipação da punição. “Para mim não é surpresa, só achei que foi precipitado. Antes de terminar o julgamento já foi feito a prisão domiciliar com suspeitas de que ele poderia fugir”, disse.
Bolsonaro é investigado por supostamente atuar com Eduardo Bolsonaro para interferir em processos judiciais e por declarações que relacionavam um pedido de anistia à suspensão de sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil.
Para Júlio Campos, exercer cargos no Executivo no país envolve riscos constantes devido ao peso do Judiciário. “Aqui no Brasil ser presidente é correr risco, ser governador é correr riscos, ser prefeito correr riscos mediante quem nada no Brasil hoje é um único poder, que é o Judiciário”, completou.
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