O governador Silval Barbosa (PMDB), revelou em sua delação, que comprou uma casa do deputado afastado, Gilmar Fabris (PSD), avaliada em R$ 3 milhões, em Florianópolis, no bairro Jurerê Internacional, para ajudá-lo “financeiramente” na campanha à reeleição em 2014. Porém, a casa estava em nome do empresário Valdir Piran.
O peemedebista relatou, que parte dos R$ 3 milhões pagos pelo imóvel, na quantia de R$ 1,8 milhão, foram oriundos de desvios de combustíveis da Petrobrás, através do Posto Bom Clima, cujo proprietário foi identificado apenas como Claudyson (Kaká). O combustível era para ser distribuído para municípios de Mato Grosso, e que por meio do “esquema”, mais de dois milhões de litros de gasolina deixaram de ser enviado aos municípios. Gilmar Fabris teria recebido a quantia de R$ 1,8 milhão “das mãos” de Claudyson (Kaká).
Após tomar posse da casa em Jurerê Internacional, Silval manteve a mesma funcionária contratada pelo deputado para fazer a manutenção e limpeza. No entanto, após ser preso em setembro de 2015, Barbosa resolveu dispensar os serviços da funcionária.
O peemedebista contou, que o seu filho Rodrigo Barbosa, contratou tempos depois um novo funcionário para prestar serviços na “mansão”, mas que ao chegar no imóvel o trabalhador encontrou Valdir Piran que disse ter “tomado a posse” do imóvel porque Gilmar Fabris teria ainda uma dívida com ele.
Na delação, Silval afirmou que a “tal dívida”, que não teve valores revelados, foi confirmada por Fabris. Apesar disso, o ex-governador apresentou à justiça a “mansão” nas suas relações de bens, porém, não revelou detalhes do que aconteceu no “imbróglio” envolvendo o imóvel.
O deputado Gilmar Fabris está preso desde o último dia 15, no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), acusado de obstrução de justiça. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal 9STF), Luiz Fux.
Dinheiro do combustível – Além de ajudar a comprar a casa de Gilmar Fabris, Silval Barbosa revelou que o dinheiro oriundo dos desvios de combustível da Petrobrás e vendido para o posto Bom Clima, R$ 3 milhões foi utilizado para a campanha do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso; e para pagar “mensalinho” ao deputado estadual Dilmar Dal Bosco, no valor de R$ 200 mil.
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